Para
que um enfoque psicopedagógico seja sistêmico e abranja toda a vida do
indivíduo para se chegar ao motivo real da “doença”, o psicopedagogo deve ter
como peça fundamental de sua atuação, o trabalho pedagógico, e atuante do
professor. Este, em sua função de ensinar, vivencia o social de sua turma e
percebe a doença na interação de sua turma.
Mas, antes de perceber a doença já
instalada, por que não previnir esta não aprendizagem, ou então focar este
indivíduo para que a mesma ocorra.
Cabe ao psicopedagogo institucional, o
trabalho em grupo e o encaminhamento dos sujeitos diagnosticados “sem
aprender”. Mas este trabalhoso tem validade quando o professor o auxilia e
transcende, em suas falas, os desejos e necessidades dos alunos.
Então, mais uma tarefa é
imprenscindível ao psicopedagogo, otimizar ao professor questões básicas e
comuns à sua tarefa para que saiba perceber e auxiliar nas necessidades de seus
alunos.
Ao invés de recebê-los em seu
consultório, o psicopedagogo trabalharia dentro da própria instituição em ação
conjunta ao educador, transformando sua ação e seu ensinar em inclusivo e
otimizador. Na forma de treiná-lo e habilitá-lo ao seu papel e intervindo com o
grupo de alunos.
Em minha atuação institucional, tenho
vivenciado a alegria e aprendizagem de toda a turma, quando o professor
interage de forma correta com aquele aluno com necessidades educacionais, mas
que possui habilidades e competências para aprender de outra forma. Meu papel
de psicopedagoga institucional fica sendo visto como global, auxilio o educador
para tranformar o ambiente e tornar todos os alunos em aprendentes.
ATIVIDADES
A SEREM DESENVOLVIDAS:
Lembramos que a tarefa intensifica o papel de
prevenção, ou seja, não se reconhece os alunos como doença, mas como
aprendentes em formação. O papel do educador nestas tarefas consiste em
transformar o ambiente escolar em um ambiente inclusivo, que respeita todas as
modalidades de aprendizagem e traz para todos os alunos diversas formas de
aprender, dependendo de cada condição.
-
Nas tarefas de rotina, incluir atividades cognitivas, onde se pode perceber:
memória, cognição, atenção, e tudo mais relacionado aos aspectos cognitivos.
Estas tarefas podem ser escolhidas pelo psicopedagogo, que transmite ao
professor o que se deve avaliar e forma que se dará a consigna, este analisará
e avaliará os desempenhos dos alunos.
-
Uma caixa de trabalho (VISCA), é montada com cada grupo de aluno (TURMA) e trabalhada
quando necessária, contando que tudo que há dentro dela é resolvido em grupo. E
que todos os objetos tem uma importância para aprendizagem e seguem as
diretrizes estabelecidas por VISCA, 1987.
- Um
painel de rotina é montado com os alunos e os mesmos escolhem símbolos a anexar
às palavras utilizadas no dia-a-dia: português, matemática, matéria nova,
informática etc. afunção do mesmo é válida para trazer ao aluno a forma de
símbolo para tudo que se escreve. Atividade válida para alunos com dislexia.
-
Ler história e fazer rodas de conversa, sobre temas relacionados ao di-a-dia da
sociedade em que vivemos: bullyng, desculpas, divórcio, medos, sexo, pessoas
diferentes etc;
-
Um dossiê é montado pelo professor e anexado ás fichas dos alunos na secretaria
e discutidas nos COC´S;
-
Projetos da escola também são trabalhados com o grupo em social, a observação
torna-se mais ampla.
A importância do mesmo se qualifica na
interação do educador com seu grupo, o psicopedagogo neste ambiente tem papel
de coadjuvante, no auxílio e na otimização de técnicas para transformação deste
ambiente. O trabalho só tem validade quando o professor se mostra aberto à
novas tarefas de trabalho e quando toda a equipe da escola está interagindo
entre si. O aluno será o grande presenteado com esta atitude.
BIBLIOGRAFIA:
FONSECA,
Vitor da. Cognição, neuropsicologia e aprendizagem, abordagem neuropsicológica
e psicopedagógica. Petrópolis, Editora Vozes, 2009.
JOIA,
Michele. Intervenção psicopedagógica na formação continuada de professores para
uma aprendizagem significativa. Rio de Janeiro, UCB, 2009.
PORTO,
Olívia. Psicopedagogia institucional- teoria, prática e acessoramento
psicopedagógico. Rio de Janeiro, WAK, 2007.
SAMPAIO,
Simaia. Caixa de trabalho – depositário do mundo interno do aprendiz. Publicado
em psicopedagogia on-line em 11/12/2003.
SOLÉ,
Izabel. Orientação educacional e intervenção psicopedagógica. Porto Alegre,
Artes Médicas, 1998.
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