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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

LOCAIS DE ATENDIMENTO:
PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA

VILA DA PENHA:
Avenida Meriti, 2.114 - Tel.: 2482-9941

BANGU:
Rua Eptácio Costa - Tel.: 2403-3339

PRAÇA SECA:
Praça Seca, prédio Nextel - Tel.: 9341-7984

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PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA

VILA DA PENHA:
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sábado, 26 de janeiro de 2013

Uma maneira fácil de entender uma pessoa bipolar!
Fonte: facebook

O PAPEL DO PROFESSOR NO PROCESSO DE PREVENÇÃO DAS DOENÇAS ESCOLARES


Michele Joia da Silva
        Nos últimos anos vem se falando muito de inclusão, termo este “usado” de forma incorreta, uma vez que o mesmo, não se refere somente à crianças com síndromes, paralisias, deficiência física, entre outros, que tanto ouvimos falar. Mas também, inclui, como o próprio termo se refere àquele aluno com dificuldade escolar, de aprendizagem, que não consegue aprender a ler a escrever, ou até mesmo, é distraído, toda hora se “perde na aula” etc.
        Mas para falarmos de inclusão, antes de tudo, é importante referir-se ao professor como peça fundamental neste processo difícil e árduo de prevenir, ou mesmo ‘remediar” uma dificuldade de aprendizagem. Vamos falar de forma clara, que não somos formados para tal, uma vez que quando estudamos, na Escola Normal, não aprendemos técnicas para auxiliar estes alunos, no processo de aprendizagem e na assimilação de conteúdos. Precisamos estar cientes de que não fomos capacitados para tal fim, para podermos enxergar a real dimensão do que temos que aprender e promover para fazer a diferença.
        Atendo clinicamente várias crianças que apresentam tais dificuldades escolares e que, na maioria dos casos, não passam de dificuldades familiares, emocionais, ou até da própria escola em que o aluno está inserido, de perceber que o mesmo, não se enquadra em determinada metodologia ou forma de apresentar os conteúdos como a escola oferece. È importante lembrar que todas as pessoas, seres humanos, são adaptáveis a qualquer tipo de situação, mas na área cognitiva, é importante ressaltar que toda criança deve aprender de forma lúdica e prática. Então, não haverá adaptação, uma vez que, com idade de pura energia, queiramos que o aluno aprenda sentado, o dia todo, sem pararmos de falar e cuspir giz.
        O professor, chave que abre as portas dos olhos, vê seus alunos na interação, percebe as diferenças no dia a dia. A família deve respeitar suas observações, uma vez que só observa a criança em determinados grupos, como pracinhas, festas ou familiares. È nessa interação com o outro, diferente dele, que o aluno apresenta suas peculiaridades. Por isso, sua observação é fundamental.
        Quando um professor observa uma criança com comportamento diferenciado, seja na área emocional, como pedagógica, este deve encaminhar à direção seus apontamentos para a mesma poder fazer sua parte. Na coordenação, o aluno é encaminhado para diversos profissionais, para que se possa chegar a um censo comum e resolução de um problema. A família muitas vezes não enxerga o real problema, por isso, é papel da escola informar os pais sobre as dificuldades e buscar ajuda para repará-las.
        Para isso, é importante que se tenha conhecimento de que profissional indicar e como agir:
QUANDO O ALUNO APRESENTA...
QUE PROFISSIONAL ENCAMINHAR...
Dificuldade na escrita, na leitura, na matemática, na fala, na alfabetização.
FONOAUDIÓLOGO
Dificuldades escolares, tais como notas baixas persistentes, dificuldade na escrita, leitura, matemática, entre outras.
PSICOPEDAGOGO
Dificuldade em se comportar, manter a calma, agressividade, tristeza, oscilação no humor.
PSICÓLOGO
Várias dificuldades, mas em nível alto, onde a família já fez e apresentou todo o tipo de exames* que afasta hipóteses de atendimento nas áreas acima.
NEUROPEDIATRA
Para casos mais difíceis, onde a criança já tem diagnóstico, mas percebe-se que não há tratamento, ou foi afastado indevidamente do próprio.
PSIQUIATRA INFANTIL ou NEUROPSIQUIATRA
  
·       Exames que afastam hipóteses de problemas biológicos, como: AUDIOMETRIA, EXAME DE VISTA, PAC (Processamento Auditivo Central), ELETROENCEFALOGRAMA, entre outros.
É importante citar que a própria escola deve solicitar os exames de vista e audiometria, afim de excluir problemas que afetam na aprendizagem.
    A prevenção se dá e se define por meio de atos que estão presentes nas escolas, porém não se tem dado o devido valor. Na maioria das vezes, o aluno é rotulado e fica, como um alvo, na frente de todos os tipos de apelidos ou nomes que se podem colocar para nomear uma dificuldade que pode ser da própria escola ou família.

BIBLIOGRAFIA:
BEAUCLAIR, João. Do fracasso escolar ao sucesso na aprendizagem: proposições psicopedagógicas. Rio de Janeiro: Wak editora, 2008.
CORREIA,L.M. Alunos com necessidades educativas especiais na classe regular. Porto: Porto Editora, 1997.
CORREIA,L.M. & MARTINS, A.P. Dificuldades de aprendizagem: o que são, como entendê-las. Porto: Porto Editora, 1999.
FONSECA, Vitor. Cognição, neuropsicologia e aprendizagem: abordagem neuropsicológica e psicopedagógica. Petrópolis: Editora Vozes, 2009.
GADOTI, Moacir; ROMÃO, J.E. (org.). Autonomia da Escola: princípios e propostas. 2ª ed., São Paulo: Cortez, 1997.
PIAGET, Jean. Biologia e conhecimento. Petrópolis: Editora Vozes, 1973.
OLIVIER, Lou. Distúrbios de aprendizagem e de comportamento. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2006.
RELVAS, Marta. Neurociência e transtornos de aprendizagem: as múltiplas eficiências para uma educação inclusiva. Rio de Janeiro: WAK editora, 2009.
SENNA, Luiz A. G. Formação docente e educação inclusiva. São Paulo, Instituto Sedes Sapientiae, 2008.


Há algumas décadas, a educação mudou de formato por diversas vezes, porém estas mudanças não vislumbram como cada aluno pode aprender diferentemente do outro, de forma própria, de acordo com seu estilo de aprendizagem. Por causa desta afirmativa, não adiantaria a mais moderna e melhor das metodologias, se a mesma não focar em diferentes formas de aprender e assimilar conteúdo, uma forma em que “todos” possam aprender.
Professores não estão preparados para lidar com a diversidade de alunos e suas dificuldades. O despreparo de profissionais da educação básica pode comprometer o entendimento do aluno. O papel do psicopedagogo institucional vem para definir esta facilitação, com apresentação das diversas dificuldades e como trabalhar em sala de aula para reconhecê-las e fazer a intervenção adequada a cada uma das mesmas. O processo sucede de intervenção psicopedagógica para dar continuidade a este processo de prevenção e intervenção.
            Pesquisas realizadas em escolas públicas e privadas com diferentes faixas etárias mostram que dificuldades de escrita podem ser prevenidas por meio de atividades motoras; e que por meio dessas atividades também é possível desenvolver-se estruturas mentais lógicas. Este estudo objetivou-se em elaborar e aplicar uma metodologia psicopedagógica de ensino envolvendo jogos corporais a fim de promover o desenvolvimento da área motora (orientação espacial e temporal), mental (possíveis e tomada de consciência), e prevenção de dificuldades de aprendizagem em escrita.
            A prevenção psicopedagógica vislumbra meios de induzir técnicas no cotidiano escolar, para que cada um possa, da sua maneira, tornar-se autônomo na sua aprendizagem e consciente de seu papel social. Sabendo  que cada ser só se torna autônomo quando esse mesmo desenvolve seu papel  de forma adequada e facilitadora para si mesmo.
            Tratar e prevenir as dificuldades de aprendizagem, refletir psicopedagógicamente sobre os mesmos, consiste em procurar compreender a forma como esses alunos, “os que não conseguem aprender”, estão utilizando os elementos do seu sistema cognitivo e emocional para aprender, significa refletir também sobre as relações que se estabelecem entre aluno e conhecimento, as quais são interpostas pelo professor e pela escola.
            É importante citar que as crianças que apresentam dificuldades escolares, são um desafio para todos, pais, escola e professores, pois compreender os fatores que levam ao insucesso escolar requer, acima de tudo, reflexão. Isso parte da premissa que uma pobreza de estímulo, que pode gerar uma dificuldade de aprendizagem e até piorar uma já pré existente, não é realidade só do aluno pobre, mas também de uma massa da elite.
            Sendo assim, a aprendizagem humana, em sua complexidade, exige postura investigativa e integradora de vários saberes que tratam da vida do homem. As dimensões  biopsicossocial e cultural de nossa espécie concorrem integralmente no processo de aprendizagem, determinando suas vicissitudes. A psicopedagogia constitui-se e diferenciou-se de outras áreas de conhecimento justamente por esse princípio fundamental. (BOSSA)
            Prevenir e reconhecer dificuldades ou distúrbios que interferem na aprendizagem de forma ativa e prática, atuando diretamente com os grupos e modificando metodologias e formas de desenvolver o currículo escolar, tornando o ensino formal a todos. Intervir  utilizando proposta de educação e saúde integradas a todos os discentes, transformando a não aprendizagem, em uma nova forma de aprender. Ativar, de certa forma, todos os aspectos, mentais, sensoriais, motricidade, que influenciam na aprendizagem, facilitam a formação da estrutura cognitiva e em novas maneiras de independência destes fatores. “Bombardear” com estímulos para alterar os módulos, daí, aquisição de conhecimento. Um pequeno exemplo para citar esta idéia, seria escrever, que necessariamente requer habilidades motoras, sensoriais e cognitivas. Quando bem estimulado e bombardeado, este aluno adquire com mais facilidade aplicar a escrita.
            Estes estímulos, específicos, serão conduzidos na relação que acontece entre professor e aluno, onde o ensinante elabora intervenções, na parceria com o psicopedagogo que irão conduzir o aprendizado e resultar em respostas positivas dos aprendentes, em busca da ampliação da estrutura cognitiva.
Levando em conta que todo indivíduo carrega em seu DNA informações que auxiliam neste diagnóstico, todo trabalho vem pautado em pesquisa desde a geração do indivíduo até os dias de hoje, em conjunto com equipe escolar e através de testes psicopedagógicos realizados pelo observado. AUSUBELL,1978. “Descubra o que o aprendiz já sabe e ensine-o de acordo.” “ Aprende-se a partir do que já se sabe, e como aprendeu, dos conhecimentos prévios que adquiriu e da estrutura cognitiva.  Consiste em atividades integradas a rotina escolar,  com foco em pesquisa e descoberta das dificuldades de aprendizagem e do comportamento, onde se investigam as falhas na aprendizagem, e das demandas dos alunos em base em seu conhecimento pré adquirido e aparentemente como abstraiu e repassou, na sua amplitude de aprendente, que até então, marginalizado, não conseguia ser enxergado ou até mesmo, observado e recebido a devida importância. Além dos encontros técnicos e explicativos com equipe e família, afim de tirar dúvidas e tornar o trabalho sistêmico e multidisciplinar.
A idéia parte de uma educação plástica, já que o cérebro é plástico e está sempre se modificando e reinventando novos formatos de aprendizagem e formação de saberes. Preparando novas técnicas e maneiras de ensinar, buscando o saber que o aluno já possui e estimulá-lo.  PIAGET,1970, cita que antes de internalizar, é necessário perceber o meio externo e interagir com as estimulações presentes no mundo, no seu meio. O professor, seria o mediador e perceberia as respostas concebidas pelo aprendente. 
Pesquisa de campo e qualitativa: Os resultados obtidos com a proposta começaram a serem observados a partir do 2º semestre letivo, quando os alunos atendidos pelo projeto apresentaram as primeiras melhoras em atitudes escolares e autônomas. Conseguiram adaptar-se à rotina escolar de forma abrangente, tornando-se aptos ao estudo e convívio dentro da sociedade reconhecendo seu papel e sua atuação na mesma. Estes mesmos alunos conseguiram alcançar o desejado, até mesmo sem precisar de  recuperação paralela. Sua auto-estima melhorou, passando a reconhecer-se como indivíduo capaz e merecedor de seus méritos. Alunos incluídos e aceitos pelo grupo, ale de receber o devido cuidado do professor, que passa a percebê-lo como um aluno que necessita de um olhar diferenciado e melhor adaptação aos conteúdos.

ETAPAS DO PROJETO
·         Busca dos alunos que precisam de ajuda externa;
·         Anamnese Familiar;
·         Reconhecimento estilo de aprendizagem;
·         Nível cognitivo, teste aptidão, nível alfabetização;
·         Divisão de metodologia adequada à série e divisão do grupo de acordo com faixa etária cognitiva;
·         Acompanhamento semanal com equipe multidisciplinar;
·         Apoio ao professor com técnicas adequadas a cada dificuldade;
·         Apoio preventivo na Educação Infantil;
·         Auxílio à equipe escolar na manutenção da prevenção;
·         Participação ativa com família e comunidade.


Referencias bibliográficas:
AUSUBEL, D. Aquisição e retenção de conhecimentos: Uma perspectiva cognitiva. Lisboa: Editora Plátano, 2003.
BEAUCLAIR, J. Do fracasso escolar ao sucesso na aprendizagem: proposições psicopedagógicas. Rio de Janeiro: Wak editora, 2008.
BOSSA, N. A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artmed, 2007.
CIASCA, S.M.; ROSSINI, S.D. Distúrbio de aprendizagem: mudanças ou não? Temas de desenvolvimento, 8 (48), 2000, p. 11-16.
FERNANDES, E. Combinação Perfeita. Rev. Nova Escola 2012; 38-49.
FERNANDÉZ, A. O saber em jogo: a psicopedagogia propiciando autorias de pensamento. Porto Alegre: Editora Artmed, 2001.
FONSECA V. Introdução às dificuldades de aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
FONSECA V. Aprender a aprender – A educabilidade cognitiva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
MOOJEN, S. Dificuldades ou transtornos de aprendizagem? In: RUBISTEIN, E. (Org.). Psicopedagogia: uma prática, diferentes estilos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999.
PAULA, L.A.L.. Jovens e novas formas de cognição: algumas reflexões sobre a escola. In:  FRANCO, A.S.; ARANHA, G. (Org.). Caminhos da Neuroeducação. Rio de Janeiro: Ciências e Cognição, 2010.
PIAGET, J. O nascimento da inteligência na criança. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 1970.
PORTO, O. Bases da Psicopedagogia- diagnóstico, intervenção nos problemas de aprendizagem. Rio de Janeiro, Editora WAK, 2007.
PORTO, O. Psicopedagogia institucional- teoria, prática e acessoramento psicopedagógico. Rio de Janeiro, Editora WAK, 2007.
RELVAS, M.P. Neurociências e transtornos de aprendizagem: as múltiplas eficiências para uma educação inclusiva. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2009.
WEISS, M. L.; WEISS, A. Vencendo as dificuldades de aprendizagem escolar. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2011.

sábado, 19 de janeiro de 2013

COMO A FORMAÇÃO DOCENTE VISLUMBRA O TEMA GÊNERO DE MODO A NÃO INTERVIR NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

O presente trabalho tem como foco investigativo, a formação docente, ensino aprendizagem, gênero e a forma que se dá o estudo etnográfico. A pesquisa tem como objetivos específicos a desvelar : - Constituir conceito de gênero e suas especificações; Tornar estes professores capazes de reconhecer e refletir sobre sua formação e atuação; Focar esta forma de estudo , a etnográfica, como fonte facilitadora de entender o processo em que se dá o ensino aprendizagem. O campo para este estudo serão duas escolas distintas em sua formação, uma que educa crianças em idade escolar ou avançada, constituída em zona urbana , com classes regulares do 1º ao 5º ano do Ensino fundamental, Escola Municipal Desembargador Montenegro. A outra, constitui-se na zona urbana , com classes regulares de Ensino Médio na modalidade de Normal, formação de professores, Instituto de Educação Carmela Dutra. A diferença dos locais não está somente na modalidade de ensino, mas na forma em que estão situados os alunos, na 1ª escola, alguns professores estão prestes a se aposentar, o estudo será focado na visão destes, que já se formaram há muito tempo. Na 2ª escola, encontramos alunos em formação para atuar com alunos em sala de aula, nesta a pesquisa visa identificar a forma que estes, sujeitos informantes do futuro, para sua atuação. Por meio dos dados do campo e análise, em uma abordagem etnográfica, através do produto colhido, visa citar como os alunos que estão em processo de formação no nível normal e os professores que já atuam há um longo tempo, reconhecem o tema gênero e como vêem sua interferência no processo ensino aprendizagem. No campo, para análise destes dados, serão utilizados os diferentes instrumentos de estudo etnográfico, entre eles a Observação Participante, áudio, documentos, fotos e imagens, entrevistas semi- estruturadas e focus group. Estes instrumentos serão utilizados de forma a validar a pesquisa. O foco da pesquisa se dará em torno da formação docente, como se dá o processo de informação e instrução em torno do assunto gênero, tendo com objeto de pesquisa os alunos do curso normal, em seu processo de formação, professores já formados e que atuam há longa data e os alunos destes professores . A pesquisa visa identificar como esta formação afeta o processo de ensino e a vida escolar destes alunos. Sua contribuição, acredita-se , dará no reconhecimento de uma formação docente arcaica e cheia de preconceitos que atingem alunos e faz deles maus alunos, sem que este possa criar ou aprender de acordo com sua modalidade. Como pressupostos teóricos serão utilizados, o mau uso do gênero na escola de modo a levar o aluno ao fracasso escolar; a má formação docente no Brasil; a abordagem etnográfica como viés para entender o contexto escolar, o processo ensino aprendizagem, de acordo com os aspectos e modalidades de ensino. FORMAÇÃO DOCENTE : Diante da triste realidade de nossa escola , não nos cabe dizer que a culpa do fracasso escolar é toda do professor , porém na maioria das vezes , o é . Certos de que receberam uma formação inicial inadequada , incompleta ; o professor se depara com a sala de aula , um "minimundo ' , com encontro de diversas culturas e diversos valores e se perde em didáticas e planejamentos insólitos e fechados , perdendo aí , a função de uma escola inclusiva . Ao professor cabe a função social de fazer a mediação entre o que o aluno aprende espontaneamente na vida cotidiana e com sua formação integral. BRAGANÇA e RAMALHO, citam em seus textos que as relações estabelecidas entre os atores escolares ( professores e alunos) , é a constituição do núcleo pedagógico, portanto é relevante pensá-las. Explicitando que é inegável que os focos de dificuldade se enscontram nestas interações. Propondo assim, uma reflexão a cerca destas relações, entre professor e alunos, em seus aspectos, manifestaçõese repercussões, que se instauram neste contexto, que é a escola. Quando FREIRE é citado por BRAGANÇA e CARVALHO, a mensagem nos mostra o papel que o professor tem na vida acadêmica e social do aluno, que se feita de forma errônea, as marcas são ruins, porém se ele se prepra , pode de alguma forma marcar positivamente e significamente." O professor autoritário, o professor licencioso, o professor competente, sério, o professor incopetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar a sua marca. Já MOURÃO, em sua pesquisa em CIEP's do Rio de Janeiro, obseva que a falta de concentração dos professores em sua tarefa , que é a sala de aula, acarreta um grande problema de indisciplina e de socialização neste espaço. Seu trabalhofora de foco, promove aos seus alunos, grandes dificuldades, tornande-se um sonho de consumo ter professore naquele espaço. Se o professor ou qualquer outro funcionário não estiver dedicação à sua tarefa, torna-se difícil manter este sistema de ensino, e nisso, que perde muito e visivelmente é o aluno. Em seu artigo 13 , Inciso III , a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional , LDB n º 9.394/96 , promulga : " Zelar pela aprendizagem dos alunos . " Neste caso , torna-se fundamental a atuação docente no processo de aprendizagem . Cada vez mais , educandos tem se tornado repetentes , alunos , que por motivo de alguma dificuldade , vem trazendo em sua vida escolar , fracassos , que levarão para a vida escolar , fracassos , que levarão para a vida inteira . Na maioria das vezes , fracassos causados pela dificuldade de ensinagem de seus educandos . A aprendizagem constitui-se em um processo , uma função , que vai além da aprendizagem escolar e que não se refere exclusivamente à criança . Como experiência , guarda um elemento universal do humano , na medida em que permite a transmissão do conhecimento e, por meio desse processo , garante a semelhança e a continuidade do coletivo , ao mesmo tempo permitindo a diferenciação e a transformação . O aprender envolve simultaneamente a inteligência , os desejos e as necessidades . Cabe então ressaltar , a importância de conhecimentos externos à sua formação , numa continuidade , que deve fazer parte integrante do trabalho docente , de assuntos ligados à educação , que podem ser adquiridos de forma prática ou teórica , mas consistentes e que ambas o auxiliarão em sua atuação . HAMILTON WERNECK ( 2008 ) cita que o primeiro passo para a educação brasileira melhorar é : " adequar os programas que se usam nas escolas ao desenvolvimento psicológico das crianças , além de adptar os mesmos programas à realidade da vida e do mundo , atualizar os conteúdos e apraticidade dos conteúdos . Desta forma , não vale somente estar munido de conhecimentos metodológicos e epistemológicos , mas também de tendências e temas com foco no ser humano além de assuntos que envolvem a aprendizagem . Compreender essas tendências permite ao formador ,no dizer de FUSARI,"descobrir, desvelar aquilo que está coberto , velado , permitindo o seu posicionamento consciente " . Assim , acredita-se que esse posicionamento implica uma visão crítica para que o professor possa desenvolver ações que levem em conta as necessidades e aprendizagens do aluno , que promova condições para favorecer efetivamente sua função de aprender . GÊNERO : Após pesquisa qualitativa em escola pública de ensino fundamental, no estado de São Paulo, CARVALHO, observou que os critérios de avaliação escolar dos professores, de acordo como suas opiniões sobre masculinidade e feminilidade interferiam em seus julgamentos, e o que mais valorizavam no comportamento de meninas e meninos. Durante todo o transcorrer da pesquisa, CARVALHO aponta que , do ponto de vista da relação de gênero, múltiplas dimensões da vida escolar e da infância articulam-se na produção desse quadro de maiores índices de fracasso escolar entre pessoas do sexo masculino. Nesse caso, observando as falas de duas professoras, observa-se que , em todo momento, a inversão de gênero para a postura da masculinidade e feminilidade se apresenta de forma abrupta, interferindo no processo escolar. Na maioria dos casos, especificam que as meninas são boas alunas, porém menos inteligentes que os meninos. Em alguns caso só professor, despreparado não percebe a ação do gênero em sua sala, por só avaliar o que os seus olhos vêem e não o que está velado. Em um exemplo, descreveremos a seguir uma forma deste constante declínio: Ana, uma menina muito calma , "boa copista' e nada mais, em casa e em sala de aula, se comportava como um anjinho, como era chamada. Porém, um certo dia, na hora do recreio, em um espaço de maior liberdade, o silêncio foi rompido com uma atitude agressiva diante de um boato que corria sobre ela. Suas falas demonstram uma criança que não parecia ser, neste momento, Ana externalizou seu lado masculino, havia ali, uma situação de gênero. Como seu padrão de comportamento era avaliado pelas professoras como o de uma "boa aluna" , sua atitude no recreio implicaria na forma em que seria vista a a partir de então. ENSINO APRENDIZAGEM: De acordo com o dicionário , aprendizagem é o resultado da estimulação do ambiente sobre o indivíduo já maduro , que se expressa diante de uma situação problema , sob a forma de uma mudança de comportamento em função da experiência . Ou seja , o indivíduo não aprende somente na escola , há uma série de meios que o levam a aprendizagem . Mas , nós , seres humanos , temos na escola uma forma de modelar esta aprendizagem , forma esta que se dá pelo contato com os outros e com o meio , diversas culturas e tudo mais . A aprendizagem é afinal , um processo fundamental da vida. Todo indivíduo aprende e , por meio da aprendizagem , desenvolve os comportamentos que o possibilitam viver . Todas as atividades e realizações humanas exibem os resultados da aprendizagem . ( CAMPOS , 2003 , p.122 ) Portanto, para aprender é necessário que o indivíduo sinta-se bem, daí autoriza e aprende. A aprendizagem deve tornar-se um processo natural e espontâneo, mais até, um processo prazeroso. Descobrir e aprender deve ser um grande prazer. Senão acontecer desta forma, algo pode dar errado. Baseando-se nesta ideia, vemos a aprendizagem como algo que se adquire para entender aquilo que não se conhece e se deseja conhecer. Quando aprendo, resignifico da minha forma, deixo o conhecimento adequado para a minha capacidade, minha mente e utilizo as minhas descobertas no meu caminhar. A aprendizagem torna-se assim, a função integradora, estando ela diretamente relacionada ao desenvolvimento psicológico do indivíduo, de unir adaptação, que segundo PIAGET (1998) "capacidade de assimilar e acomodar novos conhecimentos" e as possibilidades de interação, que vai sofrendo mudanças ao decorrer de sua vida, com fatores ambientais (meio) e sociais (sociedade/indivíduos). Quando o indivíduo transfere para sua nova aprendizagem, uma forma própria de significados e a apropria para sua realidade, passando assim a utilizá-la de uma forma melhor para si, ele a adequa, para isto damos o nome de pensamento. Portanto, se o foco do trabalho é a preparação deste professor, que estará a todo o momento em contato com este aluno que aprende, trata-se de uma discussão sobre tudo que ele faz , que acarretará para o não aprendizado destes alunos. Um dos temas para serem abordados etnograficamente será gênero, como é utilizado e praticado nesta dialética. Piaget difere percepção de inteligência. Segundo ele , percepção é o processo que se refere ao conhecimento que se tem dos objetos ou dos movimentos obtidos pelo contato direto e atual com os mesmos . Ao contrário , a inteligência possibilita o conhecimento de outros aspectos dos objetos e movimentos e que subsiste mesmo na ausência do contato direto com os objetos . Para Piaget há uma difrença entre percepção e inteligência . Segundo ele , percepção é o processo que se refere ao conhecimento que se tem dos objetos ou dos movimentos obtidos pelo contato direto e atual com os mesmos . Ao contrário , a inteligência possibilita o conhecimento de outros aspectos dosobjetos e movimentos que subsiste mesmo na ausência do contato direto com os objetos .Visa que amaturidade neurológica da criança é fator necessário e determinante para seu desenvolvimento psicológico , mas não suficiente , pois é a criança na interação com seu mundo concreto que determinará a construção da sua vida mental . Abaixo, uma forma de demonstrar como seria essa forma de atuação docente, prevalecendo o ensino aprendizagem. De acordo com Vygotsky , a aprendizagem se dá de acordo com a interação com o outro , " aprendendo " a usar a sua linguagem como instrumento de comunicação . Acredita que mediando o ensino , conhecimento , leva-se ao aprendizado . Vygotsky, assim como Piaget , defende a idéia de que a criança não é a miniatura de um adulto e sua mente funciona de forma bastante diferente . Esta compreensão tem grandes implicações para os professores porque nos obriga a compreender o aluno da forma com que ele é , e não da forma com que nós compreendemos o mundo . Vygotsky fala principalmente da linguagem e do pensamento . Pois , misturamos o pensamento e a fala em nossas ações . Fundamenta-se na troca , como meio de construção da cultura , onde ocorre da seguinte forma : falo , logo recebo um ato de volta . Abaixo segue a ilustração do tema abordado po VYGOTSKY: Em qualquer um dos diagramas, seja o de PIAGET ou de VYGOTSKY, a relação professor aluno, sempre terá umenfoque para o acontecimento real da aprendizagem, portanto, este profissional deve estar apto para que se promova esta aprendizagem. Não será válido somente transferir dados , se não os reconhece e saber transferi-los. ESTUDO ETNOGRÁFICO: Por ser um estudo que só pode ser validado a partir de pesquisa feita em campo a ser investigado, o estudo etnográfico neste trabalho tem o papel importante de estabelecer o que há de se trabalhar para amenizar o objetivo proposto. De acordo com MATTOS, em Educação, esta realidade estudada é cultural, assim como a do pesquisador que a estuda. Na dialética entre essas duas culturas , a do pesquisador e a do pesquisado, é que a complexidade se instaura e é sobre ela que se movimenta o trabalho de pesquisar. A partir desta premissa, o pesquisador passa a avaliar o campo, não com o seu olhar , mas transcrevendo o que o campo fala com ele, é ele, o campo, que vai dar os dados a serem pesquisados.Desta forma, a etnografia nos leva a compreender o outro, se tornando um fazer científico discriminatório e contemporâneo. Portanto, a etnografia vem auxiliar o pesquisador a encontrar respostas à sua pergunta, pergunta sobre algum fenômeno social que não está "caindo bem". BIBLIOGRAFIA: ANTUNES, Celso. Professores e Professauros- Reflexões sobre a aula e práticas pedagógicas diversas. Petrópolis, Editora Vozes, 3ª edição, 2009. ARROYO, Miguel G. Ofício de mestre: Imagens e auto imagens. Petrópolis; Editora Vozes, 11ª edição, 2009. BRAGANÇA, Grazielle e RAMALHO, Fernanda. O contexto escolar e seus atores: as relações de poder numa perspectiva sócio interacionista. Artigo. CARVALHO, Marília. Mau aluno, boa aluna? Como as professoras avaliam meninos e meninas. Artigo MATTOS, Carmen. Estudos etnográficos: uma revisão de tendências no Brasil. Artigo. MATTOS, Carmen; BRAGANÇA, Grazielle; RAMALHO, Fernanda. O contexto escolar e seus atores: as relações de poder numa perspectiva sócio interacionista. Artigo. MINGHET , P. A . ( Org.) A construção de conhecimento na educação . Porto Alegre : Artmed , 1998 . MOURÃO, Lúcia de Mello. Uma escola com professor: sonho de consumo. Artigo. PIAGET , Jean . O diálogo com a criança e o desenvolvimento do raciocínio . São Paulo : Scipione , 1997 . WERNECK, Hamilton. Ensinamos demais, aprendemos de menos. Petrópolis; Editora Vozes, 21ª edição, 2007. WERNECK, Hamilton. Como vencer na vida sendo professor. Petrópolis; Editora Vozes, 15ª edição, 2007.

Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/como-a-formacao-docente-vislumbra-o-tema-genero-de-modo-a-nao-intervir-no-processo-ensino-aprendizagem/33475/#ixzz2ITPEuBuH

Como a psicodramaturgia pode auxiliar no diagnóstico psicopedagógico. Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/como-a-psicodramaturgia-pode-auxiliar-no-diagnostico-psicopedagogico


O diagnóstico psicopedagógico se dá de acordo com a necessidade do paciente e no desvelamento ao desdobramento da 'cura" desta não aprendizagem apresentada pelo mesmo. Como uma ciência que estuda a aprendizagem humana, desdobra-se e aceita democraticamente o auxílio de todas as outras terapias existentes e coadjuvantes neste processo de busca à resposta a esta não aprendizagem. Com o aspecto coletivo e multidisciplinar em alta, o profissional  psicopedagogo  senão formado em outras terapias, busca novas alternativas em novos métodos de leitura subliminar deste sujeito em análise, como por exemplo: arteterapia, psicologia, fonoaudiologia, psicodrama, enfim, há uma gama de terapias disponíveis para este paciente.
Eis que aí surge a Psicodramaturgia, técnica esta que surgiu no Brasil, por Doutor Rafaelle Infante no Ipub/UFRJ, que prima o autoconhecimento e respeito do seu próprio limite dentro de uma dramatização que surge inesperadamente, sem nada previsto ou planejado e que tem como diretor a profissional formado na mesma.
Sua adição ao atendimento psicopedagógico é de grande valia, já que naquele momento de leitura do sujeito, tudo que aparece torna-se protagonista e desenvolve-se o enredo da busca da cura do ser, o que está interligado à busca da cura da doença já intalada: a não aprendizagem.
PALAVRAS CHAVE: Psicopedagogia, Psicodramaturgia e Aprendizagem.
O QUE É PSICODRAMATURGIA?
- É a ciência que procura repensar a função sócio cultural da arte dramática, do papel dos atores e do conceito de terapia. Lançada pelo Doutor Rafaelie Infante (Ipub- UFRJ), não precisa de local adequado ou nada planejado.Através de conversas entre o grupo, o protagonista aparece e começa a ser trabalhado através do ato teatral. Se divide em quatro momentos:
1)- Acolhida: recebimento do grupo, disposições de cadeiras para conversas e reconhecimento do grupo;
2)- Aquecimento: Descoberta do protagonista (tema a ser trabalhado e abordado), escolha dos papéis;
3)- Dramatização: Momento do ato teatral, utilização do espaço existente e ação dos egos auxiliares ;
4)- Compartilhar:Ao final de cada ato teatral, todos expõem seus sentimentos e refletem sobre eles.
A psicodramaturgia oferece ao sujeito em busca da resposta (paciente), meios para a mesma, através desta forma de atuar, onde seus medos e fraquezas interagem com seus desejos e diante de uma cena, o diretor (terapeuta), observa nas entrelinhas, o tema a ser encenado e inicia a dramatização.
Além da cena, as falas e atitudes também são improvisadas, tudo acontece de forma espontânea e objetiva. A noção de improvisação não é simples, vem do latim "improvisus" = imprevisível. Segundo o Dicionário Aurélio, significa os efeitos cênicos realizados sem prévio ensaio e destinados ao aprimoramento, pesquisa e enriquecimento da ação, ou da técnica do ator, ou a obtenção de determinados resultados dramáticos.
Charles Dullin (1946), famoso teatrólogo francês, afirmava que a improvisação é um método de ensinar a teoria a prática do jogo dramático, ela obriga o sujeito a descobrir seus próprios meios de expressão. Esta noção de improvisação permite a exploração das potencialidades do indivíduo e o fluir de sua espontaneidade que vai se crsitalizar:
- no desejo de ruptura com os modelos antigos, convencionais;
- na afirmação de que a criatividade não é apanágio do artista, mas que existe em todo ser humano;
Na recusa em considerar a aprendizagem como um processo passivo.
Na psicodramaturgia, a ação é importante na medida em que coloca o sujeito vivenciando no presente, uma ação passada. Os afetos, as lembranças, são retrabalhadas em função do que emerge no instante, tendo então, novas significações, possibilitando ao sujeito uma liberação do que o trazia, até então, o aprisionando. (YEDDA REIS, 2008)
Definido por MORENO, como uma maneira de ser e de agir que o indivíduo assume em um momento preciso, o conceito de papel, é onde ele reage à uma situação dada, na qual outras pessoas ou objetos estão envolvidos.
Os meios utilizados na psicodramaturgia são:
- Visualização: neste contexto, as visualizações são representações mentais positivas cujo instrumento é a imagem guiada. Essa imagem é produzida pela mente ao lidar com figuras. Elas levam a um desbloqueio da mente, a uma transformação do estado interno do indivíduo, ensinando as pessoas a liberar-se da tensão, da raiva, do medo, da ansiedade e todas demais emoções negativas que geram estresse e enfermidades, além de desenvolver a autoconfiança.
- Espontaneidade: é a resposta que o indivíduo dá a uma situação nova e a resposta nova que ele dá a uma situação antiga. È a capacidade de expressão individual, independente dos fatores hereditários e sociais, que permite novas combinações de atos e de transformações e de onde emergem o poder de invenção e da criatividade humana.
- Criatividade: tendência natural existente em estado latente em todos os indivíduos e em todas as idades. Ligada à imaginação e à informação, ela é dependente do meio material, sociológico, cultural e do ambiente. Desempenha um papel importante no processo de adaptação do homem ao seu meio-ambiente. O homem, sendo criativo, torna-se flexível e preserva sua sensibilidade. Isso lhe permite encontrar meios para lidar com os problemas das relações que se pode encontrar na vida afetiva, social e profissional.
Neste contexto, a psicodramaturgia é considerada uma técnica integradora, profilática, de caráter preventivo para males físicos e mentais
Serve para todas as formas de grupos: normais ou patológicos. Não tem regras rígidas, podendo ser adaptada a cada nova situação e variar conforme a estrutura do grupo.
É aplicada semanalmente, sem plano pré-estabelecido. Pois, tudo se desenvolve dos problemas que emergem durante o aquecimento.
Pode-se utilizar exercício de concentração, relaxamento antes das sessões e após , para esvaziamento.
PSICOPEDAGOGIA:
A psicopedagogia é a ciência que estuda e se preocupa com a aprendizagem humana. Estuda as formas como esta ocorre e quando não ocorre, o que a impede de acontecer.
Dentro do contexto histórico, a psicopedagogia ainda é um termo desconhecido por muitos, seu significado se confunde com a psicologia- ciência que estuda o comportamento e a pedagogia- ciência preocupada com o ensino e seus métodos.
Porém, se utilizada no momento adequado e pertinente, leva o sujeito o quanto antes à aprendizagem e assim, à autonomia. Vem como percalço determinante para que o processo de socialização e interação do indivíduo com a sociedade ocorra e o torne ser reflexivo e competente dos seus atos.
O termo prevenção parte da premissa que, se o sujeito é tratado e sua doença (a não aprendizagem), deixa de ser empecilho e se torna curado, a mesma partiu do ato preventivo, nos atendimentos psicopedagógicos. Parte também do objetivo de tornar o indivíduo competente, socializado, preparado para a aprendizagem e consciente de si.
Sabemos que em algumas ocasiões, a não aprendizagem é visata como preguiça, professora que não ensinou direito, aluno que não gosta de estudar, porém, ela pode se transformar em algo muito mais grave e difícil de se diagnosticar com o passar do tempo, levando o indivíduo à marginalização pela sociedade e o meio em seu entorno.
Cabe então, transformar esta vertente em plena formação, em aprendizagem significativa, em autonomia.
ATUAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA:
Dentro das duas vertentes, o profissional atuante, agente e pesquisador, livre de suas afirmações, esvaziado, atua neutramente e ativamente utilizando os dois métodos para aplicação de reconstrução e identidade do indivíduo, lembrando sempre que o foco está na busca do que impede a não aprendizagem.
Nesta forma, a psicodramaturgiavatua na forma de arte cênica, fazendo com que o indivíduo reconheça as "máscaras" utilizadas por ele no dia-a-dia para que construa seu papel diante dos outros e os papéis que já lhe foram propostos. A forma que o psicopedagogo irá ler estas máscaras,vem das técnicas de sua atuação, lendo e interagindo com o indivíduo, e transformando esta leitura em algo concreto e que poderá ser transformado.
O ambiente tem de ser estimulador e inerente a tal atividade, onde o paciente se torne ator e faça do seu papel algo que possa ser caracterizado de sua vida e trabalhado para a cura deste processo.
Todos nós levamos em nossa vida papéis que são transformados pelos ambientes em que vivemos, às vezes para nos agradar ou para agradar aos outros, ou inverdades que acreditamos ser porque os outros nos impõem.
O papel desta terapia conjunta é o de transformar e mostrar ao indivíduo suas qualidades e medos e prepará-lo para autoreflexão e autodeterminação de ajudar-se a livrar-se disto para sua autorecuperação.
BIBLIOGRAFIA:
BENET, Juliete. A máscara (histórias sem palavras). São Paulo, Escala Educacional, 2009.
MATTOS, Carmen Lúcia. Estudos etnográficos da educação, uma revisão de tendências no Brasil. PROPED, UERJ, 2009.
REIS, Yedda. Construindo caminhos com a hipnose terapêutica: hipnobiodramaturgia. Rio de Janeiro, 2008.
WEISS, Maria Lúcia. Psicopedagogia Clínica. Porto Alegre, Artmed, 2000.


Leia mais em:
 http://www.webartigos.com/artigos/como-a-psicodramaturgia-pode-auxiliar-no-diagnostico-psicopedagogico/35620/#ixzz2ITKEQxOP

ENFOQUE PSICOPEDAGÓGICO INSTITUCIONAL NUMA VISÃO SISTÊMICA


Para que um enfoque psicopedagógico seja sistêmico e abranja toda a vida do indivíduo para se chegar ao motivo real da “doença”, o psicopedagogo deve ter como peça fundamental de sua atuação, o trabalho pedagógico, e atuante do professor. Este, em sua função de ensinar, vivencia o social de sua turma e percebe a doença na interação de sua turma.
         Mas, antes de perceber a doença já instalada, por que não previnir esta não aprendizagem, ou então focar este indivíduo para que a mesma ocorra.
         Cabe ao psicopedagogo institucional, o trabalho em grupo e o encaminhamento dos sujeitos diagnosticados “sem aprender”. Mas este trabalhoso tem validade quando o professor o auxilia e transcende, em suas falas, os desejos e necessidades dos alunos.
         Então, mais uma tarefa é imprenscindível ao psicopedagogo, otimizar ao professor questões básicas e comuns à sua tarefa para que saiba perceber e auxiliar nas necessidades de seus alunos.
         Ao invés de recebê-los em seu consultório, o psicopedagogo trabalharia dentro da própria instituição em ação conjunta ao educador, transformando sua ação e seu ensinar em inclusivo e otimizador. Na forma de treiná-lo e habilitá-lo ao seu papel e intervindo com o grupo de alunos.
         Em minha atuação institucional, tenho vivenciado a alegria e aprendizagem de toda a turma, quando o professor interage de forma correta com aquele aluno com necessidades educacionais, mas que possui habilidades e competências para aprender de outra forma. Meu papel de psicopedagoga institucional fica sendo visto como global, auxilio o educador para tranformar o ambiente e tornar todos os alunos em aprendentes.

ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS:
        
Lembramos que a tarefa intensifica o papel de prevenção, ou seja, não se reconhece os alunos como doença, mas como aprendentes em formação. O papel do educador nestas tarefas consiste em transformar o ambiente escolar em um ambiente inclusivo, que respeita todas as modalidades de aprendizagem e traz para todos os alunos diversas formas de aprender, dependendo de cada condição.

- Nas tarefas de rotina, incluir atividades cognitivas, onde se pode perceber: memória, cognição, atenção, e tudo mais relacionado aos aspectos cognitivos. Estas tarefas podem ser escolhidas pelo psicopedagogo, que transmite ao professor o que se deve avaliar e forma que se dará a consigna, este analisará e avaliará os desempenhos dos alunos.

- Uma caixa de trabalho (VISCA), é montada com cada grupo de aluno (TURMA) e trabalhada quando necessária, contando que tudo que há dentro dela é resolvido em grupo. E que todos os objetos tem uma importância para aprendizagem e seguem as diretrizes estabelecidas por VISCA, 1987.

- Um painel de rotina é montado com os alunos e os mesmos escolhem símbolos a anexar às palavras utilizadas no dia-a-dia: português, matemática, matéria nova, informática etc. afunção do mesmo é válida para trazer ao aluno a forma de símbolo para tudo que se escreve. Atividade válida para alunos com dislexia.
- Ler história e fazer rodas de conversa, sobre temas relacionados ao di-a-dia da sociedade em que vivemos: bullyng, desculpas, divórcio, medos, sexo, pessoas diferentes etc;

- Um dossiê é montado pelo professor e anexado ás fichas dos alunos na secretaria e discutidas nos COC´S;

- Projetos da escola também são trabalhados com o grupo em social, a observação torna-se mais ampla.

         A importância do mesmo se qualifica na interação do educador com seu grupo, o psicopedagogo neste ambiente tem papel de coadjuvante, no auxílio e na otimização de técnicas para transformação deste ambiente. O trabalho só tem validade quando o professor se mostra aberto à novas tarefas de trabalho e quando toda a equipe da escola está interagindo entre si. O aluno será o grande presenteado com esta atitude.



BIBLIOGRAFIA:

FONSECA, Vitor da. Cognição, neuropsicologia e aprendizagem, abordagem neuropsicológica e psicopedagógica. Petrópolis, Editora Vozes, 2009.

JOIA, Michele. Intervenção psicopedagógica na formação continuada de professores para uma aprendizagem significativa. Rio de Janeiro, UCB, 2009.

PORTO, Olívia. Psicopedagogia institucional- teoria, prática e acessoramento psicopedagógico. Rio de Janeiro, WAK, 2007.

SAMPAIO, Simaia. Caixa de trabalho – depositário do mundo interno do aprendiz. Publicado em psicopedagogia on-line em 11/12/2003.

SOLÉ, Izabel. Orientação educacional e intervenção psicopedagógica. Porto Alegre, Artes Médicas, 1998.

VISCA, Jorge. Clínica psicopedagógica: epsitemologia convergente, traduzido por Ana Lúcia dos Santos. Porto Alegre, Artes Médi