As considerações que são abordadas sob o
ponto de vista do fonoaudiólogo e do psicopedagogo (Capítulo 12 – Dislexia: visão fonoaudiológica e psicopedagógica –
Sônia Moojen e Marcio França - do livro “Transtornos da
Aprendizagem- Abordagem Neurobiológica multidisciplinar” – autores
Newra Tellechea Rotta, Lygia Ohlweiler e Rudimar dos Santos Riesgo – editora
Artimed – Porto Alegre – RS) enfatizam que é na escola que as dificuldades
aparecem e que uma série de adaptações pedagógicas “é a principal
tarefa do psicopedagogo e do fonoaudiólogo”.
O Disléxico deve progredir na escolaridade
independentemente de suas dificuldades em leitura e escrita.
As normas, abaixo, recomendadas pelo
fonoaudiólogo e psicopedagogo devem ser adaptadas para cada caso, visando
otimizar o desempenho do aluno disléxico, evitando frustações e
consequentemente baixa autoestima. Normas baseadas em Artigas (1999) e Schawytz
(2006)
1- O professor ante o aluno
disléxico:
·
·
·
Estabelecer um vínculo de cumplicidade : o problema é conhecido e
tudo o que for possível será feito para ajudá-lo;
·
Sentar o disléxico próximo do professor e deixar toda a liberdade
para perguntar e tirar dúvidas. Atenção especial e encorajamento.
·
Material de leitura apropriado ao nível leitor do aluno. Não
esperar que seja igual ao da turma.
·
Elogiar sempre seus trabalho e não fazê-lo repetir o que não ficou bom.
·
Evitar que o aluno faça leitura em voz alta em público. Em casos
estritamente necessários, deixá-lo preprar bem em casa.
·
Aceitar seus episódios de distração pois a leitura exige dele um
grande esforço.
·
Nunca ridicuralizá-lo.
2- Proposta de Ação Pedagógica
·
Ensinar a resumir anotações que sintetizam conteúdos explicados.
·
Permitir meios informáticos e corretores.
·
Permitir uso de calculadora e de gravador, principalmente no curso
superior, devido a dificuldade de ouvir e anotar simultaneamente.
·
Usar materiais visuais: imagens, gráficos, mapas ilustrações, para
acompanhar o texto impresso.
·
·
Diminua os deveres de casa envolvendo leitura e escrita.
3- Aprendizagem de línguas
estrangeiras
É muito mais difícil dominar uma nova língua
para o disléxico. Shaywitz (2006) sugere requerimento de isenção de
língua estrangeira substituindo essa disciplina pela elaboração de projetos
independes sobre conhecimentos relativos á cultura do país em que falam essa
língua.
4- Avaliação Escolar
·
Sempre que possível; avaliação oral, em todos os níveis de ensino:
do fundamental ao superior.
·
Tempo extra previsto como recurso obrigatório, pois a capacidade
de aprender do disléxico está intacta e ele precisa de mais tempo para
acessá-la.
·
Evitar a utilização de testes de múltipla escolha por
descontextualizado, estes testes não indicadores do conhecimento
adquirido pelo disléxico.
·
Oportuniza um local tranquilo ou sala individual para as
avaliações e testes. Qualquer barulho ou distração atrapalhará sua leitura.
Fonte de Pesquisa
Transtornos da Aprendizagem- Abordagem
Neurobiológica Multidisciplinar” – Newra Tellechea Rotta, Lygia
Ohlweiler e Rudimar dos Santos Riesgo -editora Artimed – Porto Alegre – RS
Shaywitz, s. – Entendo a Dislexia –
Editora Artmed
Artigas, J. – Quince Cuestone Básicas
sobre la Dislexia –
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