domingo, 11 de agosto de 2013
Atividades pedagógicas e Avaliação:aluno disléxico - Ensino Fundamental e Ensino Médio
O educador necessita ter muita sensibilidade diante de uma aluno
que apresenta dificuldades de aprendizagem até que possa ser investigada a
causa para adequar o atendimento de acordo com suas necessidades educacionais.
As dificuldades, defasagem, comprometimentos tem inúmeras causas e nem sempre
configuram um aluno considerado ANAEE e ainda assim necessitam
intervenções apropriadas e apoio emocional.
Dentre as dificuldades detectadas em sala de aula e que não
configura uma deficiência intelectual, mas uma disfunção funcional é a
dislexia.
A dislexia é mais frequentemente caracterizada por dificuldade na
aprendizagem da decodificação das palavras. Pessoas disléxicas apresentam
dificuldades na associação do som à letra (o princípio do alfabeto); também
costumam trocar letras, por exemplo, b com d, ou mesmo escrever-las na ordem
inversa, por exemplo, "ovóv" para vovó.
A dislexia, contudo, é um problema visual, envolvendo o
processamento da escrita no cérebro, sendo comum também confundir a direita com
a esquerda no sentido espacial.
Esses sintomas podem coexistir ou mesmo confundir-se com
características de vários outros fatores de dificuldade de aprendizagem, tais
como o déficit de atenção e hiperatividade, dispraxia, discalculia e/ou
disgrafia. Contudo a dislexia e as desordens do déficit de atenção e
hiperatividade não estão correlacionados com problemas de desenvolvimento.
Recursos e alternativas para
que o aluno dislexico possa acompanhar
Ensino Fundamental –
Alfabetização
•Confecção, do próprio material para alfabetização, como desenhar e
montar uma cartilha;
•Uso de gravuras e fotografias (a imagem é essencial);
•Material dourado (Material Curisineire);
•Folhas quadriculadas para matemática;
•Não deve ser forçada a ler em voz alta, em classe, a menos que demonstre desejo em fazê-lo;
•Uso de gravuras e fotografias (a imagem é essencial);
•Material dourado (Material Curisineire);
•Folhas quadriculadas para matemática;
•Não deve ser forçada a ler em voz alta, em classe, a menos que demonstre desejo em fazê-lo;
Alunos do Ensino Médio
1- Resumir o conteúdo e passar para o aluno.
2- à cada novo conteúdo o aluno deve receber um esquema , com a descrição dos pontos principais;
2- à cada novo conteúdo o aluno deve receber um esquema , com a descrição dos pontos principais;
Recursos de Apoio
- projetor de slides, vídeos, computador… sempre com muitas
imagens que vai ajudar o disléxico melhorar a compreensão dos conteúdos através
da associação entre os conteúdos e palavras>sons>imagens.
- Todo conteúdo deverá ser contextualizado, pois vai auxiliar na retenção de memória dos conteúdos.
-Quando a aula for expositiva evite passar conteúdos escritos simultaneamente.
-O livro falado é um recurso adaptado para deficientes visuais e que podem e devem ser usados pelos disléxicos, sempre que possível;
-Revisar conteúdos, com tempo para tirar dúvidas;
- O aluno disléxico pode e deve fazer uso de calculadoras, usar tabuadas, dicionários durante as atividades e avaliações;
-Conceda um tempo maior para a realização de atividades escritas;
-Antes da realização das atividades leia em voz alta e pausada à todos dos enunciados-Usar gravador;
•Uso de informática, como corretor ortográfico.
- Todo conteúdo deverá ser contextualizado, pois vai auxiliar na retenção de memória dos conteúdos.
-Quando a aula for expositiva evite passar conteúdos escritos simultaneamente.
-O livro falado é um recurso adaptado para deficientes visuais e que podem e devem ser usados pelos disléxicos, sempre que possível;
-Revisar conteúdos, com tempo para tirar dúvidas;
- O aluno disléxico pode e deve fazer uso de calculadoras, usar tabuadas, dicionários durante as atividades e avaliações;
-Conceda um tempo maior para a realização de atividades escritas;
-Antes da realização das atividades leia em voz alta e pausada à todos dos enunciados-Usar gravador;
•Uso de informática, como corretor ortográfico.
Avaliação
A avaliação, não a
dissociando da ideia do pleno desenvolvimento do indivíduo, principalmente em
situações de dificuldades de aprendizagem, como a dislexia, em que o aluno
aprende, mas não demonstra pela leitura e pela escrita, faça avaliações de
formas alternativas inclusive oral, nas aulas, conteúdos, e
principalmente orais, e preocupe-se com a
autoestima do aluno disléxico, ele tem plena compreensão de sua dificuldade e
necessita ser estimulado e compreendido.
Atividades para uma Avaliação Pedagógica Diagnóstica
Após o aluno ser encaminhado
para a Equipe Multidisciplinar com queixa de Dificuldades Acentuadas de
Aprendizagem ou “suspeita”de Déficit Cognitivo, e ter passado por todas as
intervenções possíveis, pelo professor e pela própria Equipe. Entrevista com a
mãe ou o familiar mais próximo para se obter a história de vida do aluno, é
necessário avaliar todo o desenvolvimento do aluno: habilidades já adquiridas
ou em desenvolvimento. Esta avaliação pode ser feita pelo pedagogo,
complementada pelo psicólogo ou pelo psicopedagogo. Se necessário solicitar
exames médicos que possam definir uma deficiência ou descartar.
Todas as atividades a serem realizadas devem ser,
preferencialmente, através de material concreto, que possa ser manuseado pelo
aluno, e algumas atividades escritas.
Veja algumas sugestões:
1- Esquema Corporal: atividades que
demonstrem as descobertas e consciência que o aluno tem do próprio
corpo como um todo e como partes interligadas e relacionadas.
Sugestão de Atividade:
Brincar com bonecos - desmontando e montado partes do corpo :
(este boneco de pano tem as partes montadas com velcron: cabeça,
olhos, boca; membros: braços e pernaS, assim como as roupas)
Atividade Escrita - avalia,também, a habilidade motora de
recortar e colar - montar o corpo humano e colorir – respeitando os
limites.
2-Lateralidade:
Dominância lateral definida – reconhece direita e esquerda em si
mesmo e nos outros:
Sugestão: informalmente, pedir que o aluno coloque um objeto á esquerda ou
á direita de outro. E perguntar qual das mãos você escreve? Direita ou
esquerda? Mesmo se o aluno não responder corretamente observar se tem a lateralidade definida.
3-Estruturação
Espacial/Orientação Temporal – 4- Expressão oral e/ou escrita
Paineis sugestivos de tempo: Manhã, Tarde E Noite, Dias da Semana(solicitar que o aluno
identifique o tempo, de forma escrita ou oralmente, contextualizando atividades
que são do seu cotidiano, naquele período de tempo solicitado; manhã, tarde e
noite (você vai para a escola: de manha ou de tarde?, e quando você dorme? de
manha ou de tarde?); nomear os dias da semana – identificando suas atividades
de cada dia, como exemplo, tem aula no sábado, o que você faz aos domingos?)
Essa atividade vai evidenciar a noção que o aluno tem de si mesmo no tempo e no
espaço.
· Manhã , tarde e noite.
· Dias da semana.
·Que dia é hoje ( semana, mês) , 23, 2ª feira;– e ontem? 22,
domingo; e a manhã? 24, terça-feira
· Meses do Ano.
· Endereço em que mora.
· Data do aniversário.
Dias da Semana
Abra a “Caixinha azul e encontre a cidade em que você mora, no
Distrito Federal.(Esta atividade foi usada numa escola pública do Distrito
Federal)
Organização de história (organização
temporal)
em sequência: cinco estímulos (organização temporal)
Organização temporal – sequência com três estímulo
5-Teste da
Psicogênese da Escrita
Através de uma motivação siginficativa, para o aluno, escolher
quatro palavras do mesmo campo semântico e uma frase.
Nesta atividade o aluno manuseia miniaturas de animais e escolhe
os animais cujos nomes ( as 4 palavras – ele escreverá)_ Importante: não use
palavras que já formam trabalhadas na escola.
Coordenação Motora ampla/
ritmo e equilíbrio e Raciocínio lógico Matemático
· Correr, bater palmas , pular corda, segurar o lápis, cortar,
separar grãos, andar numa reta ( de costas, de frente, olhos fechados)
· Andar numa reta equilibrando um livro na cabeça
Percepção e
Discriminação auditiva: Atividades escritas- sons inciais e sons fianais dos nomes
de objetos;
Identificar o som de instrumentos sonoros, objetos, animais,
letras (fonemas iniciais e finais das palavras)
Análise e Sintese
visual:
Palavras Cruzadas (com letras
móveis, ou em atividade escrita)
além de todas as habilidades mencionadas na imagem, avalia-se
também a habilidade de juntar letras para formar sílabas ou palavras.
Quebra-Cabeça
6-Raciocínio Lógico
Matemático:
Quebra-Cabeça, Palavra-Cruzada, Seriação e Conservação, figuras
geométircas, sistema monetártio
Jogo de Damas – Xadrez – Banco Imobiliário: Avalia a
habilidade de resolver situações-problemas.
Usar miniaturas de moedas e notas e, informalemte, perguntar
se as reconhece. Se ele ( o aluno tiver uma nota de cinco reais, o que dá prá
ele compra no supermercado? vai haver troco?)
Pode-se usar também encartes de supermercado e avaliar as noções
de valores e situção- problema usando dinheito.
São situações bem elementares só para avaliar as capacidades
mentais de raciocínio, pois o aluno que está sendo avaliado tem dificuldades de
aprendizagem e está sob suspeita de Deficiência Intelectual.
Para avaliar a psiomotricidade e as noções de cheio/vazio,
muito/pouco; perto/longe; maior/menor; alto/baix; fino/grosso… use os objetos
da sala, os materiais escolares e faça comparações, peça que mude objetos de
lugar.
Estas atividades avaliativas de habilidades adquiridas ou em
desenvolvimento, podem ser usadas nas intervenções aos alunos que
apresentam dificuldades de aprendizagem.
Por: Júlia Virginia de Moura
O Disléxico na Sala de Aula–Acolhimento, Ações Pedagógicas e Avaliação
As considerações que são abordadas sob o
ponto de vista do fonoaudiólogo e do psicopedagogo (Capítulo 12 – Dislexia: visão fonoaudiológica e psicopedagógica –
Sônia Moojen e Marcio França - do livro “Transtornos da
Aprendizagem- Abordagem Neurobiológica multidisciplinar” – autores
Newra Tellechea Rotta, Lygia Ohlweiler e Rudimar dos Santos Riesgo – editora
Artimed – Porto Alegre – RS) enfatizam que é na escola que as dificuldades
aparecem e que uma série de adaptações pedagógicas “é a principal
tarefa do psicopedagogo e do fonoaudiólogo”.
O Disléxico deve progredir na escolaridade
independentemente de suas dificuldades em leitura e escrita.
As normas, abaixo, recomendadas pelo
fonoaudiólogo e psicopedagogo devem ser adaptadas para cada caso, visando
otimizar o desempenho do aluno disléxico, evitando frustações e
consequentemente baixa autoestima. Normas baseadas em Artigas (1999) e Schawytz
(2006)
1- O professor ante o aluno
disléxico:
·
·
·
Estabelecer um vínculo de cumplicidade : o problema é conhecido e
tudo o que for possível será feito para ajudá-lo;
·
Sentar o disléxico próximo do professor e deixar toda a liberdade
para perguntar e tirar dúvidas. Atenção especial e encorajamento.
·
Material de leitura apropriado ao nível leitor do aluno. Não
esperar que seja igual ao da turma.
·
Elogiar sempre seus trabalho e não fazê-lo repetir o que não ficou bom.
·
Evitar que o aluno faça leitura em voz alta em público. Em casos
estritamente necessários, deixá-lo preprar bem em casa.
·
Aceitar seus episódios de distração pois a leitura exige dele um
grande esforço.
·
Nunca ridicuralizá-lo.
2- Proposta de Ação Pedagógica
·
Ensinar a resumir anotações que sintetizam conteúdos explicados.
·
Permitir meios informáticos e corretores.
·
Permitir uso de calculadora e de gravador, principalmente no curso
superior, devido a dificuldade de ouvir e anotar simultaneamente.
·
Usar materiais visuais: imagens, gráficos, mapas ilustrações, para
acompanhar o texto impresso.
·
·
Diminua os deveres de casa envolvendo leitura e escrita.
3- Aprendizagem de línguas
estrangeiras
É muito mais difícil dominar uma nova língua
para o disléxico. Shaywitz (2006) sugere requerimento de isenção de
língua estrangeira substituindo essa disciplina pela elaboração de projetos
independes sobre conhecimentos relativos á cultura do país em que falam essa
língua.
4- Avaliação Escolar
·
Sempre que possível; avaliação oral, em todos os níveis de ensino:
do fundamental ao superior.
·
Tempo extra previsto como recurso obrigatório, pois a capacidade
de aprender do disléxico está intacta e ele precisa de mais tempo para
acessá-la.
·
Evitar a utilização de testes de múltipla escolha por
descontextualizado, estes testes não indicadores do conhecimento
adquirido pelo disléxico.
·
Oportuniza um local tranquilo ou sala individual para as
avaliações e testes. Qualquer barulho ou distração atrapalhará sua leitura.
Fonte de Pesquisa
Transtornos da Aprendizagem- Abordagem
Neurobiológica Multidisciplinar” – Newra Tellechea Rotta, Lygia
Ohlweiler e Rudimar dos Santos Riesgo -editora Artimed – Porto Alegre – RS
Shaywitz, s. – Entendo a Dislexia –
Editora Artmed
Artigas, J. – Quince Cuestone Básicas
sobre la Dislexia –
domingo, 28 de julho de 2013
VOCÊ POSSUI INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS?
Para o renomado psicólogo americano Howard
Gardner, autor da teoria das “Inteligências Múltiplas”, o ser humano é capaz de
desenvolver várias formas de pensar:
A inteligência verbal ou lingüística aparece
aos dois anos de idade, porém vai-se definindo ao longo da vida. As pessoas que
possuem essa inteligência desenvolvida, mesmo sem ter passado pela escola,
conseguem organizar suas frases de forma clara e objetiva. Normalmente são
pessoas que gostam de ler, escrever, tem boa memória, ótima verbalização e
sabem debater. Aparece mais em escritores, poetas e profissionais da área de
publicidade e jornalismo. Se essa inteligência não é bem desenvolvida na
infância, o indivíduo apresenta dificuldades na fala ou não se interessa por
aulas de outros idiomas.
Lógico-matemática, está presente em pessoas
que podem enxergar as projeções geométricas, têm facilidade para solucionar
problemas matemáticos, da área da informática, química ou física. Pessoas como
mestres-de-obras, economistas, engenheiros e matemáticos a tem em evidência. A
criança que se recusa a estudar matemática provavelmente não possui essa
inteligência desenvolvida.
Espacial, aparece em pessoas com bom sentido
de localização, facilidade com mapas, gráficos e diagramas. As crianças que
possuem essa inteligência costumam brincar com amigos imaginários. Está
presente em arquitetos, navegadores, jogadores de xadrez e estrategistas.
Normalmente não aparece em crianças que apresentam dificuldades em se localizar
ou em descrever pequenos trajetos e evitam matérias como geografia.
Pictórica, ligada a pessoas com facilidade em
se expressar através dos desenhos, pinturas e esculturas, cria imagens mentais.
Os pintores, escultores e artistas plásticos possuem essa inteligência mais
desenvolvida. Normalmente não aparece em crianças que dizem que não conseguem e
não sabem desenhar.
A inteligência musical está presente em
crianças que se movimentam ao som de uma música como que obedecendo a ordens,
pessoas que tem boa entonação de voz, ritmo, timbre e sensibilidade emocional à
música. Aparece em compositores, músicos, maestros e cantores. As crianças que
não a possui não distinguem sons altos de baixos e não conseguem fazer boa
entonação da voz.
Corporal-cinestésica é a capacidade de
resolver problemas ou elaborar produtos utilizando o corpo inteiro ou parte do
mesmo. Muito aguçada em bailarinos, jogadores de futebol e outros atletas,
cirurgiões, artistas de circo e mecânicos. Precisa ser trabalhada quando a
criança não consegue fazer atividades que exigem controle motor refinado, como
amarrar cadarços, fazer o número quatro com seu corpo, etc.
Naturalista é a inteligência das pessoas que
se descobrem como parte integrante do mundo animal e vegetal. Pessoas que falam
com as plantas, com animais e se percebem como folha da árvore desta floresta
que é a vida. Não aparece em crianças com pouca criatividade.
Interpessoal, é a maneira como construímos
nossas relações com outras pessoas e a forma como nos sentimos completos quando
em relação às mesmas. Podemos caracterizar em pessoas com sociabilidade,
cooperação, capacidade de fazer amigos, comunicabilidade. Aparece em políticos,
professores, líderes religiosos, conselheiros, vendedores, gerentes e relações
públicas. Quando a criança não a tem desenvolvida, torna-se muito tímida e se
isola das outras.
Intrapessoal, é a inteligência da auto-estima,
do auto-respeito e da auto-aceitação, ou seja, é a maneira como a pessoa se vê,
como conviver com suas limitações e potencialidades. Aparece em pessoas
otimistas, que respeita seus valores morais e princípios. Aparece em
psicólogos, filósofos, romancistas, gurus e místicos. Crianças exageradamente
egoístas não conseguiram desenvolvê-la.
Assim, vimos que o cérebro de todos é
constituído das nove inteligências emocionais e isso tem ajudado muito a
escola, os professores, os pais e os próprios alunos a entenderem seu processo
de aprendizagem. Os professores bem como a escola, de forma geral, precisaram
passar por períodos de reciclagem a fim de buscar novas formas de trabalho, que
constituam no respeito à integridade do indivíduo, bem como as formas de
avaliar os alunos, através da sensatez e da sensibilidade, proporcionando aos
mesmos fazerem trabalhos individuais, em grupos, pesquisas e participação nas
aulas.
Fonte: Facebook
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